sexta-feira, 15 de junho de 2007

PECUÁRIA DE CORTE







Pecuária de corte é um dos ramos que o pecuarista pode vim a exercer, como criador de rebanho, podendo ser para corte, leite ou mista. Existem tipos diferentes de pecuária de corte, variando de acordo com o tipo de rebanho a ser abatido como bovinos, ovinos, etc..
De todo gado zebu no Brasil, 80% é nelore os outros 20% são das raças; Gir, Guzera, Indubrasil, Tabapuã, Sindi, entre outras. O nelore provou ser o melhor gado para o Brasil graças a sua adaptabilidade ao clima tropical do país. As raças européias se adaptam melhor à Região Sul. São utilizadas para o que se chama de ' cruzamento industrial ' isto é, cruzamento de gado zebu com gado europeu.
O mercado da pecuária de corte é vasto, normalmente com preços manipulados pelos grandes abatedouros, é calculado por arroba (15 kg ). Sendo que em Santa Catarina o valor é calculado por kg. (ex: preço:1.85, animal: 480kg, :; 888.00 R$).
Lembrando de que o criador de gado deve sempre vacinar o seu gado comtra vermes e outros parasitas que venham a imfluenciar na saude do animal como por exemplo:
A Fasciola hepática, que ataca o fígado dos bovinos, causa cada vez mais condenações nos frigoríficos.
A melhoria constante da produtividade é fundamental para ter lucro na pecuária. Cuidar bem da sanidade do rebanho é uma das decisões mais importantes. Afinal, custa pouco - estudos do CEPEA/Esalq indicam que os produtos veterinários representam menos de 4% das despesas totais com o gado - e faz uma grande diferença. "A Fasciola hepática, além de ser a principal causa de condenação de fígados no abate, causa os prejuízos já conhecidos das parasitoses: redução de peso, redução da produção leiteira, queda na fertilidade, atraso no crescimento e aumento do custo terapêutico no tratamento de freqüentes infecções bacterianas secundárias, e em alguns casos, até mesmo a morte do animal". O boi é infectado ao ingerir pastagem contaminada com metacercárias incistadas na pastagem e que através do intestino chegam ao fígado por onde migram como fasciolas juvenis até atingirem a vesícula biliar onde se instalam e se tornam adultos. Os ovos não embrionados são liberados pelas fasciolas adultas e eliminados junto com as fezes. Esses ovos se desenvolvem na água com a formação de miracídios que, uma vez nos moluscos, se desenvolvem e dão origem às cercarias, que são liberadas na água onde migram para objetos sólidos (exemplo: folhas de capins), e se transformam em metacercárias. Estas infectarão um novo hospedeiro, completando seu ciclo.Em Santa Catarina, estudo realizado pelo Centro de Ciências Agroveterinárias da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), em cinco municípios do extremo sul do estado, examinou bovinos de raça, sexo e idade diferentes, coletadas em 61 propriedades. Nada menos do que 63,9% dos animais estavam infectados pela Fasciola hepática. Sendo que a simples vacinação do gado pode combater este mal

PECUÁRIA DE LEITE




Importância Econômica:
O Brasil é o sexto maior produtor de leite do mundo e cresce a uma taxa anual de 4%, superior à de todos os países que ocupam os primeiros lugares. Respondemos por 66% do volume total de leite produzido nos países que compõem o Mercosul. Pelo faturamento de alguns produtos da indústria brasileira de alimentos na última década, pode-se avaliar a importância relativa do produto lácteo no contexto do agronegócio nacional, registrando 248% de aumento contra 78% de todos os segmentos. Em 2001, o Valor Bruto da Produção Agropecuária foi de 91 bilhões de reais. Destes, aproximadamente 38 bilhões de reais são de produtos pecuários, tendo o leite posição de destaque, com o valor de 6,7 bilhões de reais, ou 17% do Valor Bruto da Produção Pecuária, superado apenas pelo Valor da Produção da carne bovina.
O leite está entre os seis primeiros produtos mais importantes da agropecuária brasileira, ficando à frente de produtos tradicionais como café beneficiado e arroz. O Agronegócio do leite e seus derivados desempenha um papel relevante no suprimento de alimentos e na geração de emprego e renda para a população. Para cada real de aumento na produção no sistema agroindustrial do leite, há um crescimento de, aproximadamente, cinco reais no aumento do Produto Interno Bruto – PIB, o que coloca o agronegócio do leite à frente de setores importantes como o da siderurgia e o da indústria têxtil.
Raças:

Existem várias opções de raças e cruzamentos para produção de leite. As principais são:
Raça européia pura, especialmente selecionada para produção de leite, como a Holandesa (H), a Pardo-Suíça ou Schwyz, a Jersey, a Guernsey e a Ayrshire. Dessas a mais conhecida e difundida é a Holandesa;
Raça européia de dupla-aptidão (produção de leite e de carne), como a Simental, Dinamarquesa, Red Poll. Dessas a mais conhecida é a Simental;
Raças Zebu Leiteiras (Gir; Guzerá; Sindi etc.) e
Vacas mestiças, derivadas do cruzamento de raça européia com uma raça zebuína, em vários graus de sangue.
Uma ou a outra opção depende de vários fatores, como: sistema de produção, clima, topografia do terreno (localização da propriedade) etc., bem como da preferência pessoal do produtor. Sem dúvida nenhuma, o sistema de produção a ser empregado na propriedade é o item mais importante a ser considerado na escolha da raça ou do cruzamento.
Manejo sanitário:
VACAS GESTANTES
Como ponto de partida, uma vaca gestante nos dois últimos meses de gestação, deve encerrar a lactação, isto é, deve-se fazer com que ela interrompa a produção de leite para que a glândula mamária possa descansar, se preparar para próxima lactação e produzir um colostro de boa qualidade. Se for uma novilha esta preparação vem naturalmente, já que ela nunca pariu.
Em torno de vinte a trinta dias antes do parto, este animal deve ser levado para a maternidade, que deve ser de preferência um pasto próximo ao curral, facilitando a observação diária. No caso de confinamento total, deverão ir para uma baia-maternidade. O fato de ter uma maternidade vai facilitar alguma interferência que for necessária no decorrer do parto. Por observação na maternidade conclui-se que, em rebanhos nos quais se faz a observação no parto, os problemas são resolvidos de forma mais rápida e com maior sucesso e menor índice de natimortos.
Neste período, a fêmea deve receber a mesma dieta que irá receber após o parto com restrição do sal mineral. É muito importante que neste período isto ocorra, pois permite que os microorganismos do rúmen se adaptem à dieta que vai ser ingerida durante a lactação.
É bom lembrar que neste período final de gestação o animal sofre as maiores transformações. Geralmente ficam mais pesados, o que dificulta a locomoção e reduz a capacidade de competição, exigindo, portanto, maiores cuidados.
PARTO
No parto o animal perde em média 80 kg de peso entre o feto, líquidos fetais e as membranas que envolvem o próprio feto. Isto acarreta uma mudança muito brusca que ocorre em poucas horas, levando a um certo desconforto para o animal. É um momento de muito estresse e quando podem aparecer inúmeros problemas para os quais devemos ficar atentos.
Devemos interferir ao mínimo no parto. Os partos com problemas, isto é, aqueles chamados distócicos, ocorrem com pouca freqüência e neste caso a interferência deve ser de maneira a causar o mínimo de danos, tanto à vaca quanto ao bezerro. Uma ajuda leve para evitar complicações não fará mal algum para ambos, porém em casos que se apresentam de forma mais grave devem ser acompanhados por um Médico-Veterinário ou sob sua supervisão. É comum neste período que as pessoas envolvidas muitas vezes não têm treinamento adequado, intervêm de forma inadequada e acabam causando mais problemas e quando o Veterinário é chamado a chance de resolver o problema diminui drasticamente. Esta decisão de chamar o Veterinário deve ser tomada o quanto antes.
COLOSTRO
Após o nascimento, o bezerro deve permanecer junto com a mãe por pelo menos 24 horas. Sabemos que o bezerro junto com a mãe, mama entre 12 a 15 vezes ao dia. Estas mamadas permitem que o colostro passe muitas vezes pelo aparelho digestivo, aumentando a superfície de contato do colostro com a parede intestinal, favorecendo assim a absorção de imunoglobulinas (anticorpos). Por outro lado, podemos fornecer o colostro de forma artificial, oferecendo dois litros duas vezes por dia com intervalo próximo de 12 horas. O importante é que o bezerro ingira em torno de 10% do seu peso em colostro, nas primeiras 24 horas. O bezerro nasce sem proteção de anticorpos contra os agentes de doenças. A forma de adquirir estes anticorpos (defesa) é ingerindo o colostro. O colostro é o primeiro produto produzido pela glândula mamária no inicio da lactação, constituindo uma rica fonte destes anticorpos que foram produzidos nos dois últimos meses de gestação. Após o nascimento, é imperativo que o bezerro ingira o colostro o quanto antes para que ele adquira estes anticorpos.
A capacidade de absorver os anticorpos fornecidos pela mãe no interior do aparelho digestivo do bezerro é aproximadamente nas primeiras 36 horas e esta capacidade de absorção tem como pico máximo entre seis e 10 horas, quando começa a diminuir gradativamente até aproximadamente 36 horas. A partir deste ponto o colostro continua sendo um alimento muito rico e deve ser aproveitado pelo bezerro e outros do mesmo plantel que são tratados de forma artificial, porém perde a importância como fonte de anticorpos.
De outra forma uma das funções do colostro é ajudar na primeira descarga intestinal, isto é, ajuda a expelir as primeiras fezes que é o chamado mecônio. O mecônio são fezes amarelas, pegajosas de difícil eliminação, portanto sendo o colostro um leve laxante vai ajudar nesta eliminação. Neste período devemos interferir somente se houver necessidade. Na maioria das vezes, esta intervenção é desnecessária. Uma das vantagens da maternidade é a possibilidade de observação do recém-nascido e qualquer problema que surgir neste local facilita o socorro.
O excesso de colostro pode e deve ser dado para os outros bezerros. Neste caso ele não tem função como fornecedor de anticorpos pois bezerros mais velhos perdem a capacidade de absorção dos anticorpos mas, como alimento, é até mais rico que o próprio leite. É bom lembrar que, como o colostro tem uma função laxativa, para fornecer aos outros bezerros, o melhor é diluir em outra quantidade de leite para não causar meles de desarranjo aos bezerros mais velhos.
FORMA DE ORDENHA
De acordo com o manejo adotado, o qual pode ser com ou sem o bezerro ao pé, vamos ter condutas diferentes para cada modalidade: com o bezerro ao pé este fica à disposição na hora da ordenha para vir e apojar.
Feito isto, ao acabar a ordenha, o bezerro é solto com a mãe para retirar o leite residual. Pode ser separado imediatamente após o esgotamento total do leite, ou permanecer junto até a hora da apartação à tarde. Este manejo não é o mais recomendado pois neste caso o bezerro mama o leite que poderia ser aproveitado na ordenha da tarde. Este tipo de manejo apresenta algumas vantagens, porém as desvantagens estão em supremacia. Por outro lado, se alimentamos os animais de forma artificial, o contato da mãe com o bezerro não existe. Isto facilita a mão-de-obra e tem-se um maior controle do que o animal está ingerindo, contudo traz todos os transtornos da criação de órfãos. Por outro lado, esta prática permite a observação individualizada, dando a oportunidade de se tomar atitudes mais rápidas para sanar os problemas que aparecem.
Num sistema de criação, com ou sem bezerro ao pé, devemos estar sempre atentos aos problemas que podem surgir. É bom chamar a atenção para a escolha do local para o criatório de bezerros. Este local deve ser de fácil acesso, bem drenado e que se evite a canalização de ventos constantes. Tem que ser local que após uma chuva seque com poucos dias de sol. Tem que ter alguma inclinação para o escoamento das águas e dejeto excessivos.

VACINAÇÕES
Basicamente, temos dentro de um programa sanitário algumas vacinas de uso obrigatório.
A vacinação contra a brucelose é obrigatória somente para as fêmeas na idade entre três e oito meses de idade. Não se pode vacinar estas fêmeas a partir desta idade pois a titulação do exame pode ser positivo para o resto da vida e este animal é considerado positivo e o destino certamente é o abate.
Outra vacina obrigatória é a da aftosa, que deve ser aplicada de acordo com a região do Pais, como indicado pelos órgãos de defesa sanitária do Estado.
A vacinação contra o carbúnculo sintomático deve ser realizada em todos os animais acima de três meses de idade, sendo repetida de seis em seis meses até aos dois anos de idade. É nesta idade que os animais estão mais sujeitos a desenvolver esta enfermidade. Como característica, é uma doença que afeta os animais com melhores escores corporais.
Outra vacinação importante é a contra a raiva, que deve ser aplicada anualmente, principalmente em regiões de surto quando grande parte do rebanho pode ser afetada pela doença.
Existe no mercado um número grande de vacinas contra várias doenças, como leptospirose, rinotraqueíte infecciosa dos bovinos - IBR, diarréia bovina a vírus - BVD, mamite, campilobacteriose, colibacilose e outras tantas que devem ser indicadas, para cada caso, pelo veterinário responsável pelo rebanho. Cada caso vai exigir uma conduta específica de acordo com a recomendação do veterinário.
CONTROLE DE MAMITE
A mamite é a inflamação da glândula mamária. É causada pelos mais diversos agentes. Os agentes mais comuns causadores de mamites são as bactérias dos gêneros estreptococos e estafilococos. Outros agentes de importância causadores de mamites são os coliformes.
É preciso trabalhar preventivamente no controle de mamite, pois é uma doença que está sempre para surgir repentinamente. Esta é uma doença de manejo. Para se fazer uma prevenção adequada, é preciso considerar todo o manejo da propriedade. Quando os índices desta doença se elevam, significa que uma ou mais ações dentro do manejo está sendo executada de forma inadequada. Vale ressaltar que as mamites ambientais são esporádicas e podem acometer qualquer dos animais em lactação.
Dentro deste manejo da propriedade devemos levar em consideração todo o processo realizado diariamente dentro da propriedade, desde quando os animais estão no pasto, vem para a ordenha e voltam para o pasto.
Não importando a forma de ordenha, seja ela mecânica ou manual, deve ser observada a condução de todo o processo pois é um dos grandes causadores de mamite quando a própria ordenha não é bem conduzida. No processo com ordenha mecânica, os equipamentos devem ser conduzidos como recomendado pelos fabricantes. As trocas de peças e borrachas têm que ser executadas dentro do que for recomendado, pois, assim como o nível de vácuo, tem que estar conforme o recomendado, pois tanto o excesso como a falta deste vácuo são grandes fatores predisponentes para o aparecimento de mamite. Estes são exemplos do que pode facilitar a presença da mamite.
Existem vários testes que podem auxiliar no diagnóstico da mamite. O "CMT" ("California Mastitis Test") é um teste que pode ser realizado no campo, muito prático, porém deve ser executado por profissional treinado. A contagem de células somáticas ("CCS") é outro exame, feito em laboratório, que é usado para o diagnóstico da mamite. Estes dois meios de diagnóstico são utilizados para diagnosticar a mamite subclínica, que ocorre com certa freqüência nos rebanhos. É a mamite que não podemos enxergar a olho nu, porém é a precursora da mamite clínica, a qual pode ser vista a olho nu.
Outro teste que pode auxiliar no diagnóstico da mamite é a cultura. Toma-se uma porção do leite afetado e faz-se uma cultura em laboratório. Este exame é utilizado para identificar o causador da mamite.
O teste prático mais eficiente é o da caneca telada ou de fundo escuro, o qual deve ser feito a cada ordenha. Ele detecta a mamite clínica nos primeiros jatos de leite. Quando esta aparece, há um depósito de leucócitos (células de defesa) no canal da teta e estes leucócitos formam grumos que são visualizados logo nos primeiros jatos de leite. Estes primeiros jatos devem ser depositados na caneca de fundo escuro ou telada, onde os grumos serão visualizados com mais facilidade. Devido ao contraste do fundo da caneca com os próprios grumos, estes ficam mais aparentes. Neste caso, estamos diante da mamite clínica.
Nesses casos, o animal deve ser retirado do recinto e ser ordenhado mais tarde após os outros sadios. Dependendo da gravidade da mamite, o animal deve ser ordenhado fora do local de ordenha, para não contaminar o ambiente. Se a mamite for crônica o animal deve ser descartado.
No caso de controle adequado da mamite, pode-se utilizar a linha de ordenha em que primeiramente são ordenhadas as vacas sadias, depois as que já tiveram mamite e foram curadas e, no final, aquelas que estão com mamite e em tratamento.
O tratamento das vacas com mamite varia de acordo com o caso apresentado. Em geral, os tratamentos devem ser precedidos de ordenhas sucessivas em torno de quatro no período do dia, e havendo necessidade de medicamento, tratar somente após a ultima ordenha do dia.
As vacas secas devem ser tratadas com medicamentos próprios para esta fase. Existe no mercado vários medicamentos para tratamento preventivo de vacas neste período de descanso. É bom lembrar que estes medicamentos nunca devem ser utilizados para tratar mamites comuns, pois eles são próprios para a prevenção da mamite no período seco.

100 dicas
1. As vacas, se conduzidas com calma e sem agressividade para o local da ordenha, não escondem o leite e, com isso, evita-se a queda na produção.2. O ordenhador deve lavar as mãos e os braços com água e sabão antes de iniciar a ordenha. Lavar, também as tetas do animal e secá-las com toalha de papel descartável.3. Os vasilhames e equipamentos a serem utilizados na ordenha devem ser limpos e secos.4. O uso da caneca de fundo escuro é útil para descartar os primeiros jatos de leite e permite identificar casos de mastite, quando apresenta alterações (grumos, pus, sangue).5. Durante a ordenha, germes presentes nos vasilhames, no solo, nas fezes, no corpo do animal ou nas mãos do ordenhador podem contaminar o leite. Cauda suja e solta também contamina o leite.6. O horário da ordenha depende do comportamento animal sob pastejo, o horário de entrega ou recolhimento de leite e a disponibilidade de mão-de-obra. O intervalo entre as duas ordenhas deve ser, preferencialmente, de 12 horas.7. O mais indicado é ordenhar a vaca duas a três vezes ao dia, desde o primeiro dia pós-parto. Em sistemas de aleitamento natural, essa ordenha deve ser feita após o bezerro ter mamado.8. Na ordenha manual, o leite deve ser coado em coadores de náilon ou de material inoxidável, que são mais fáceis de lavar.9. O leite de tetas com mastite ou de vacas tratadas com antibióticos é impróprio para o consumo humano. Pode ser fornecido para os bezerros, se misturado com água ou leite sadio.10. Na ordenha mecânica, deve-se prestar atenção no término do fluxo do leite e não deixar a ordenhadeira na vaca por um período maior que o necessário, evitando assim irritações nas tetas.11. No equipamento de ordenha, as mangueiras que têm contato com o leite devem ser trocadas a cada seis meses e as mangueiras de vácuo uma vez ao ano.12. As teteiras de borracha da ordenhadeira mecânica devem ser trocadas a cada 2.500 ordenhas, ou a cada seis meses (o que vencer primeiro).13. Após a ordenha deve-se fazer a desinfecção das tetas com solução desinfetante apropriada e manter os animais em pé, para evitar a penetração de germes.14. Após a ordenha o leite deve ser resfriado e mantido sob refrigeração o mais rápido possível para evitar sua deterioração.15. A limpeza diária do local de ordenha, dos equipamentos dos utensílios é fator decisivo na produção de leite de ótima qualidade.16. Deve-se utilizar detergentes biodegradáveis na atividade leiteira, pois não agridem o meio ambiente.Alimentação17. Novilhas de primeira cria devem receber 20% a mais de nutrientes em relação às suas exigências de mantença, por ainda estarem em crescimento.18. Deve-se utilizar rações balanceadas especialmente para vacas secas. Esta categoria merece atenção especial para minimizar problemas ao parto e no pós-parto.19. Os animais devem ser separados e alimentados em lotes baseados na produção de leite, período de lactação e reprodução, o que garantirá mais leite e mais crias durante a vida produtiva da vaca, com menor custo.20. Para se maximizar o consumo de alimentos, deve-se: a) oferecer uma dieta balanceada em termos de energia, proteína, fibra, vitaminas e minerais; b) utilizar alimentos de boa palatabilidade; c) não dar mais do que 3 a 4 kg de concentrado de uma só vez; e d) fornecer dieta completa (volumosos e concentrados misturados), quando possível.21. Para vacas de alta produção, deve-se fazer vários tratos por dia, fracionando o fornecimento do concentrado. Assim, a vaca produzirá mais leite e correrá menor risco de ter acidose.22. Na fase final de lactação, a vaca dá prioridade para a recomposição de reservas corporais, ganho de peso e crescimento do feto e da placenta, em lugar da produção de leite.23. Vacas subnutridas no período seco apresentam problemas no desenvolvimento normal do feto, problemas no parto, menor produção de leite na lactação seguinte e atraso no aparecimento do cio pós-parto.24. Vacas obesas têm maior propensão para problemas reprodutivos, além de estarem mais sujeitas a apresentar distúrbios metabólicos, como a acetonemia e o deslocamento de abomaso.25. Volumosos de alta qualidade são mais consumidos e disponibilizam mais nutrientes para os animais. Um bom produtor de leite deve ser, antes de tudo, um bom agricultor.26. Forneça o concentrado misturado ao volumoso para as vacas. Isso permite consumo mais constante e ajuda a prevenir problemas digestivos, principalmente acidose.27. Ficar atento ao correto fornecimento de minerais ao rebanho. A ingestão forçada para vacas em lactação garante as quantidades necessárias para o bom desempenho produtivo e reprodutivo.28. É normal que as vacas percam peso durante as primeiras semanas de lactação, principalmente aquelas de média a alta produção. Exceto por razões de doença.29. O excesso de proteína na ração sobrecarrega o fígado e os rins, pois esse excesso é excretado pela urina, com alto custo energético. Além disso, há o aspecto econômico, uma vez que a fração protéica de um concentrado é normalmente a mais cara.30. A semente de soja desintegrada é excelente alimento e não é preciso tostá-la antes de ser fornecida às vacas. Deve-se evitar o armazenamento da soja desintegrada por longos períodos, pois ela tende a empedrar e tomar-se rançosa, perdendo o valor nutritivo.31. A quantidade de nitrogênio não-protéico não deve ultrapassar um terço da proteína total da dieta. O aproveitamento dele pela população microbiana do rúmen depende do nível de energia da dieta: pouca energia causa menor aproveitamento do nitrogênio não-protéico.32. O uso diário de uréia não prejudica a reprodução, se obedecidos os limites recomendados.33. A suplementação com cana-de-açúcar e uréia deve ser fornecida na seguinte proporção: 100 kg de cana picada + 1 kg de uréia com enxofre. No período de adaptação a mistura deve conter apenas metade da uréia (500 g.). 34. O caroço de algodão é alimento rico em energia e não é preciso desintegrá-lo antes de fornecê-lo às vacas em lactação.35. Nas rações para vacas que produzem acima de 25 kg de leite por dia e recebem quantidades elevadas de concentrado, são utilizados tampões, que são aditivos que mantêm o pH do rúmen próximo da neutralidade.Alimentação e Manejo de Bezerros36. O bezerro deve mamar o colostro até seis horas após o parto, para adquirir proteção contra doenças nas primeiras semanas de vida.37. Bezerros em aleitamento devem ter à disposição desde os primeiros dias de vida concentrado de boa qualidade. Quanto mais rápido ele começar a ingerir alimentos sólidos, mais rápido ele se tornará um ruminante.38. Nos dois primeiros meses de vida, leite e concentrado são os alimentos mais importantes para a nutrição dos bezerros.39. O leite natural pode ser substituído por sucedâneos de leite, que é uma mistura comercial que contém produtos de origem vegetal e animal.40. A uréia pode ser utilizada na formulação de dietas para animais a partir dos seis meses de idade, uma vez que bezerros muito jovens necessitam de proteína de alta qualidade, como a do farelo de soja.41. Deve-se evitar a convivência de bezerros de idades diferentes em um mesmo lote. Com isso, previne-se a transmissão de doenças e evita-se competição entre os animais no momento da alimentação, que prejudica os bezerros mais jovens.42. O desaleitamento precoce pode variar de 42 até 56 dias de idade, dependendo da quantidade de leite oferecida e da disponibilidade ou não do concentrado para o bezerro nas primeiras semanas de vida.43. Em aleitamento artificial, o bezerro deve beber quatro litros de leite por dia, durante 56 dias, o que totaliza 224 litros de leite por bezerro.44. O uso de concentrado em substituição ao leite, após a sexta-oitava semana de idade, será economicamente vantajoso, sempre que o preço de 1,0kg de concentrado for igual ou menor que 2,25 vezes o preço de 1,0kg de leite. 45. Os bezerros devem pastar em áreas de forrageiras de boa qualidade e porte baixo.46. A instalação para bezerros deve ser de baixo custo, oferecer conforto para os animais e facilitar o manejo, principalmente com relação à mão-de-obra.47. A mudança de local dos abrigos individuais ou duplos, em que um bezerro mais velho sai e outro recém-nascido entra no abrigo, favorece a quebra do ciclo de vida dos organismos causadores de doenças.Reprodução 48. Vacas ao parto, em boa condição corporal e com menor perda de peso pós-parto, retorna o cio rapidamente.49. Observar as fêmeas pelo menos duas vezes ao dia, por um período mínimo de 30 minutos, melhora a identificação de cios.50. Anotar a data do cio, cobertura e condição do parto, permite gerenciar melhor o rebanho.51. Novilhas que parem quando ainda novas dão mais leite e mais crias durante a vida útil, acelerando o progresso genético do rebanho, desde que os reprodutores utilizados sejam escolhidos criteriosamente.52. A vaca em lactação deve ser seca 60 dias antes do próximo parto, para que ela tenha boas condições de parição e uma cria saudável.53. As vacas leiteiras devem ser cobertas ou inseminadas, no primeiro cio, a partir de 45 dias após a parição.54. Durante o parto, se o bezerro não foi expulso, três horas após o aparecimento das patas dianteiras, deve-se tomar providências para auxiliar o parto.55. Logo após o parto convém observar se o bezerro está com as narinas desobstruídas e se a vaca está fazendo a limpeza, e, em caso contrário, limpar as narinas do bezerro com auxílio de panos limpos.56. A monta natural economiza mão-de-obra e possibilita melhor aproveitamento de cios.57. A monta natural controlada facilita a anotação do dia da cobertura, aumenta a vida útil do touro e diminui a possibilidade de acidentes com o touro.58. A inseminação artificial possibilita o uso de sêmen de touros provados, valoriza o rebanho pela qualidade dos animais, evita a transmissão de doenças pelo touro e facilita as anotações e registros.59. A escolha do reprodutor deve ser orientada, pela sua capacidade de possuir e transmitir para seus descendentes características genéticas desejáveis. Depois disso são observados o estado clínico e o exame andrológico do touro (libido, teste de monta e espermiograma).60. Touros obesos podem ter dificuldades em "cobrir" as vacas em cio e podem provocar acidentes ao montar vacas pequenas.61. Touros monórquidos, isto é, portadores de apenas um testículo na bolsa escrotal, são férteis mas só devem ser utilizados na reprodução se o testículo foi retirado por via cirúrgica. Quando a causa é genética (defeito de nascimento), não se deve usar o touro como reprodutor porque pode ser transmitido aos seus descendentes.62. O prepúcio muito penduloso é uma característica indesejável para reprodutores porque esta formação favorece as lesões da bainha prepucial (acrobustite ou umbigueira), que, na maioria dos casos, são de difícil tratamento.Sanidade63. Logo após o nascimento, devem ser feitos o corte e a cura do umbigo do bezerro para evitar infecções, que trazem grandes prejuízos aos recém-nascidos.64. A descorna de bezerros deve ser realizada durante o primeiro mês de vida, para evitar acidentes causados pelos chifres.65. O primeiro mês de vida é a época ideal para a retirada de tetas extras, que algumas fêmeas apresentam ao nascer.66. Os parasitas devem ser combatidos quando estiverem em menor número na pastagem. Deve-se informar sobre a estratégia ideal para a região.67. O controle da verminose deve ser realizado principalmente nos animais mais jovens. As "vermifugações" devem ser concentradas no período de menor população de vermes na pastagem, que nas regiões do Brasil-Central, Sudeste e Nordeste ocorre durante a época seca do ano.68. Os carrapatos devem ser combatidos durante os meses mais quentes do ano. Uma série de banhos (cinco ou seis de 21 em 21 dias), ou tratamento com produto "pour on", no fio do lombo (três, de 30 em 30 dias), é capaz de diminuir muito o número de carrapatos nas pastagens e nos animais durante o restante do ano.69. O controle de bernes pode ser feito manualmente, colocando-se o medicamento sobre eles, ou por banho dos animais por meio de bombas de aspersão manual ou mecânica.70. Para recuperar um teto com mastite, deve-se realizar várias ordenhas (de duas em duas horas). O leite com mastite pode ser aproveitado para o aleitamento de bezerros, exceto se tiver a aparência de pus.71. A perda de um teto significa, aproximadamente, 25% a menos na produção de leite da vaca.72. Uma das fontes de contaminação para os animais é a própria instalação onde eles são manejados, por isso deve-se utilizar produtos desinfetantes, permitir a entrada do sol e o piso deve ter um pequeno declive.73. Qualquer doença que resulte em febre alta por mais de três dias, tais como mastite, babesiose, anaplasmose, sarcocistose, pode causar aborto.74. Ao ministrar um medicamento pastoso, deve-se somente espremer o conteúdo na boca do animal e, por alguns minutos, segurar com ambas as mãos a boca, evitando assim que ele jogue o medicamento fora.75. Ficar atento aos animais com comportamento diferente (isolamento, andar cambaleante, falta de apetite, agressividade, agitação, paralisias parciais ou totais), podem demonstrar sintomas que permitem diagnosticar possíveis doenças dentro de um rebanho.76. Recipientes de produtos químicos (remédios, desinfetantes e venenos) devem ser descartados em local apropriado, longe das instalações ou incinerados quando for possível.Manejo77. Recipientes de produtos químicos (remédios, desinfetantes e venenos) devem ser descartados em local apropriado, longe das instalações ou incinerados quando for possível.78. Um rebanho leiteiro cujo número de vacas em lactação é de 83% das vacas do rebanho, significa que o intervalo entre partos é de 12 meses e a duração das lactações de dez meses.79. A idade para o primeiro parto depende da raça: para a raça Holandesa, recomenda-se cobrição a partir dos 340 kg, para a Jersey, 230 kg, e para as mestiças Holandês x Zebu, 330 kg.80. A boa alimentação do rebanho é fator extremamente importante para a obtenção de bons índices reprodutivos, como idade à primeira parição e intervalos entre partos.81. Deve-se manter água e alimento fresco no cocho para as vacas logo após a ordenha. Esse procedimento evita que os animais se deitem, diminuindo os riscos de mastite.82. O ideal é que a vaca tenha água fresca e limpa à vontade, durante o tempo todo. O consumo pode variar de 30 a 150 litros por animal por dia.83. Cochos de alimentação devem ser bem dimensionados para evitar competição por espaço e não prejudicar o consumo de alimento pelos animais menores e mais fracos.84. A taxa de reposição de fêmeas no rebanho deve ser igual ou superior a 25% ao ano. A melhor estratégia é elevar ao máximo a taxa de parição do rebanho e reduzir a taxa de mortalidade de bezerros.85. Vacas no final da gestação, pelo menos 14 dias antes do parto previsto, devem receber o mesmo concentrado recebido pelas vacas em lactação, em quantidades que variam de 0,5% a 1,0% do peso vivo, dependendo da condição corporal neste período.86. O pasto, durante a estação das águas, deverá ter condições de fornecer nutrientes suficientes para mantença e produção de leite de 5 kg a 10 kg de leite por vaca por dia, sem a necessidade de concentrados.87. Os animais devem ser descartados de acordo com alguns critérios, que podem ser: idade, baixa produção de leite, agressividade, problemas físicos, pedigree dos animais novos, preços, tipo, independentemente da categoria dos animais.Indicadores EconômicosAs recomendações dos Indicadores econômicos consideram um sistema de produção referencial, produzindo em torno de 1000 litros/dia, média de 12 a 15 litros por vaca em lactação/dia, cuja alimentação básica é o pasto, com suplementação volumosa na época seca do ano e concentrada o ano todo, de acordo com a produção das vacas ( Fonte: S. T.Gomes – Universidade Federal de viçosa).88. O gasto com mão-de-obra permanente para manejo do rebanho deve ser no máximo 20% do valor da produção de leite. 89. Em sistemas de produção à base de pasto, com suplementação volumosa na época seca e concentrada o ano todo, o gasto com concentrado para o rebanho deve ser no máximo 30% do valor da produção de leite.90. O custo operacional efetivo (mão-de-obra contratada, concentrados, minerais, medicamentos, conservação de forrageiras, energia elétrica, transporte, combustível e sêmen) deve ser no máximo 65% do valor da produção de leite Este custo é apenas a soma dos gastos de custeio no dia a dia da atividade leiteira.91. O custo operacional total (custo operacional efetivo mais depreciação e mão-de-obra familiar) deve ser até 75% do valor da produção de leite.92. A margem bruta da atividade leiteira por vaca em lactação deve ser, no mínimo, o equivalente ao valor de 5 litros de leite/dia (Margem Bruta = Renda Bruta – Custo Operacional Efetivo).93. A margem bruta da atividade leiteira por total de vacas do rebanho deve ser, no mínimo, o equivalente ao valor de 4 litros de leite/dia.94. A margem bruta anual deve ser no mínimo 12% do valor do capital total investido (Soma dos valores investidos em terra, benfeitorias, máquinas/equipamentos e animais).95. O custo de um sistema de ordenha (depreciação do investimento, manutenção, energia elétrica e mão-de-obra do ordenhador) deve ser até 10% do valor da produção de leite.96. A taxa de retorno anual do capital total investido deve ser, no mínimo, 6% ao ano (Taxa de Retorno = Renda Líquida / Valor do capital investido), Renda Líquida = Renda Bruta – Custo Total, não incluindo apenas a taxa de juros sobre o capital.97. Na composição do capital investido o valor da terra deve corresponder, no máximo, a 30% do capital total.98. Na composição do capital investido o valor das máquinas deve corresponder, no mínimo, a 20% do capital total.99. O número de vacas em lactação deve ser, no mínimo, 40% do número total de animais do rebanho e 75% do número total de vacas.100. O número de vacas em lactação por hectare (considerando a área utilizada por todo o rebanho) deve ser no mínimo 1.

SUINOCULTURA




A suinocultura é a parte da zootecnia especial que trata da criação de suínos para a produção de alimentos e derivados.No mundo, os suínos respondem por 44% do consumo de carnes; 29%, carne bovina; 23%, aves, e 4%, as demais carnes.
A suinocultura é a principal atividade em pequenas e médias propriedades rurais de Santa Catarina. O Estado detém a maior, a melhor e mais desenvolvida suinocultura do país. Com rebanho permanente de 4,5 milhões de cabeças, 17% do rebanho nacional, responde por mais de um terço dos abates totais, totalizando 7,8 milhões de cabeças e por 40% dos abates industriais. Situados em Santa Catarina , os cinco maiores conglomerados agroindustriais do país sustentam 60% dos abates e 70% dos negócios suinícolas.
Esses números ganham vida e expressão quando comparados com a pequena base territorial: Santa Catarina representa apenas 1,12% do território nacional. A dimensão social da suinocultura sobressai-se pelos 150.000 empregos que gera e pelas 500.000 pessoas que dependem dela diretamente.
O controle sanitário e a proteção ambiental são as prioridades atuais. Livre de doenças que ocorrem em grande número de animais, que se detectam em focos, ou doenças que são transmissíveis do animal para o homem, Santa Catarina conquistou o status de área livre de aftosa sem vacinação junto à Organização Nacional de Episotias, OIE, condição privilegiada que credenciou a disputar os mais exigentes mercados do planeta.
Por outro lado, os cuidados ambientais tornaram-se fatores determinantes no planejamento, na aprovação e na execução de empreendimentos suinícolas. Tratamento e destinação de dejetos, proteção das fontes de água e eliminação da poluição das águas superficiais tornaram-se absoluta prioridade.
A atividade suinícola hoje está maior representada nas regiões Oeste, Extremo Oeste e Sul do Estado. Para responder e em defesa de todo produtor de suínos de Santa Catarina, é que foi fundada a 46 anos a Associação Catarinense de Criadores de Suínos, ACCS. Sua sede está localizada em Concórdia e está subdividia em 69 Núcleos Municipais de Criadores de Suínos, que podem ser encontrados em praticamente todos os municípios do estado que possui a atividades suinícola. Divididos por regiões de proximidade, estes Núcleos Municipais pertencem a seis Núcleos Regionais de Criadores de Suínos.

EQUINOCULTURA




A eqüinocultura viveu bons momentos em 2004. Houve crescimento em praticamente todos os segmentos, desde insumos, até a própria valorização dos animais e o volume de eventos realizados. Em parte, essa intensa movimentação deve-se às associações de criadores, que investem cada vez mais em divulgação, exposições e leilões, e às empresas que atuam na área.Também não se pode esquecer a situação econômica do País, melhor do que nos anos anteriores. A economia brasileira está em ascensão, proporcionando aquecimento na compra de insumos e produtos. Isso é importante também para atrair novos investidores e para motivar a evolução de tradicionais criadores.Atualmente, o Brasil conta com plantel estabilizado em 5,9 milhões de eqüinos, além de 3 milhões de cabeças de muares e asininos. As regiões Sudeste, Nordeste e Sul representam os mais importantes pólos de criação. Cada uma com características específicas.Os animais voltados para esporte apresentaram destaque maior em 2004. Porém os cavalos de trabalho nunca receberam tanta atenção como nesse ano, com o aumento de informações sobre manejo e cuidados necessários para o bom desempenho. É mais um sinal de mudança da eqüinocultura no Brasil. A maior dificuldade dos criadores sempre foi a falta de informações sobre técnicas de manejo e tecnologia mais adequadas, mão-de-obra especializada, além da falta de pesquisas mais detalhadas sobre a criação de cavalos. A iniciativa de mudar essa realidade partiu de empresas privadas ligadas ao setor e em menor parte de órgãos públicos. Hoje, já é possível ter informações de forma gratuita nos sites dessas instituições ou mesmo em publicações especializadas. A empresa em que trabalho, por exemplo, disponibiliza um portal com notícias e uma revista bimestral com diversos artigos de eqüinocultura.Destaque também às associações de raça, hoje mais unidas. Isso é muito importante para o criador. Estão todos investindo em tecnologia, genética, nutrição e sanidade. Nas provas de desempenho de cavalos de esporte, por exemplo, os animais são cada vez mais exigidos. Do outro lado, os pecuaristas estão preocupados em terem eqüinos mais saudáveis e bem nutridos para lidar com o gado, atividade em que o animal sofre grande desgaste nas atividades diárias.O ano foi positivo, de fato, pois começaram grandes mudanças. Mas ainda é pouco. É necessário investimento maior por parte da iniciativa pública e federal para o desenvolvimento de pesquisas, treinamento de tratadores, proprietários de haras etc. As empresas também não devem parar seus investimentos. Há mercado com potencial enorme e exigente, além de extremamente profissional. Se tudo isso se “encaixar” no próximo ano, com certeza teremos uma atividade das mais lucrativas do campo no Brasil.


PISCICULTURA



O desenvolvimento da piscicultura brasileira teve por base as espécies exóticas que se reproduzem em tanques e permitem o cultivo controlado. É o caso da tilápia comum, tilápia-do-nilo, entre outros.
As tilápias e as
carpas são as espécies mais adequadas para criação em represas e açudes das propriedades rurais, devido à sua rusticidade. As espécies carnívoras, como o trairão e o tucunaré devem ser utilizadas apenas como auxiliares no controle do excesso de reprodução das tilápias, não se recomendando sua criação isolada. A inserção de espécies carnívoras é benéfica para melhor a qualidade do peixe obtido, que cresce mais em menos tempo. No entanto, a inserção deve ser feita com muito cuidado, pois pode causar sérios problemas ecológicos caso haja fugas das espécies carnívoras para os rios locais.
A adubação das águas é um dos aspectos mais importantes da criação de peixes em cativeiro, representando o enriquecimento das águas. Pode ser feito de várias maneiras. Se for possível, as águas usadas para lavar estábulos e pocilgas devem ser levadas para os açudes, desde que não causem
poluição do meio aquático por excesso de volume. Sua presença em pequenas quantidades propiciará o incremento da produção natural de plâncton. Além de fertilizarem a água, os estercos são também diretamente ingeridos pelos peixes. De uma maneira geral, pode usar-se o esterco de curral na proporção de duas toneladas por hectare, duas vezes ao ano.
Os adubos químicos também podem ser utilizados, embora não apresentem resultados tão bons quanto os orgânicos. Assim, devem eles ser associados ao esterco afim de que se possam obter melhores resultados.
Portanto, como se pode ver, as propriedades agrícolas providas de açudes apresentam um potencial bastante grade para a produção de peixe sempre fresco, em boa quantidade, de alta qualidade e a custo baixíssimo.


Importância econômica
Apesar de ser um alimento de excepcional valor nutritivo, nem sempre o peixe recebe valor proporcional no mercado.
O
Brasil, com 5 quilos de consumo per capita, não tem valores condizentes com o de um país de sete mil e quinhentos quilômetros de costa e imensas bacias hidrográficas. Para efeito comparativo, o índice anual per capita no Senegal é de 37 quilos, no Canadá, 16 quilos, e no Japão, 65 quilos.
Mundialmente, a contribuição do pescado cultivado em viveiros para o total da produção mundial é da ordem de 10%, com tendência a aumento.
Estima-se a produção mundial de peixes cultivados em trinta milhões de toneladas produzidas anualmente


DE SUA OPINIÃO


A respeito das politicas relacionadas a pecuária de Santa Catarina?



Em relação a poluição causada pelos dejetos da suinocultura?