sexta-feira, 15 de junho de 2007

EQUINOCULTURA




A eqüinocultura viveu bons momentos em 2004. Houve crescimento em praticamente todos os segmentos, desde insumos, até a própria valorização dos animais e o volume de eventos realizados. Em parte, essa intensa movimentação deve-se às associações de criadores, que investem cada vez mais em divulgação, exposições e leilões, e às empresas que atuam na área.Também não se pode esquecer a situação econômica do País, melhor do que nos anos anteriores. A economia brasileira está em ascensão, proporcionando aquecimento na compra de insumos e produtos. Isso é importante também para atrair novos investidores e para motivar a evolução de tradicionais criadores.Atualmente, o Brasil conta com plantel estabilizado em 5,9 milhões de eqüinos, além de 3 milhões de cabeças de muares e asininos. As regiões Sudeste, Nordeste e Sul representam os mais importantes pólos de criação. Cada uma com características específicas.Os animais voltados para esporte apresentaram destaque maior em 2004. Porém os cavalos de trabalho nunca receberam tanta atenção como nesse ano, com o aumento de informações sobre manejo e cuidados necessários para o bom desempenho. É mais um sinal de mudança da eqüinocultura no Brasil. A maior dificuldade dos criadores sempre foi a falta de informações sobre técnicas de manejo e tecnologia mais adequadas, mão-de-obra especializada, além da falta de pesquisas mais detalhadas sobre a criação de cavalos. A iniciativa de mudar essa realidade partiu de empresas privadas ligadas ao setor e em menor parte de órgãos públicos. Hoje, já é possível ter informações de forma gratuita nos sites dessas instituições ou mesmo em publicações especializadas. A empresa em que trabalho, por exemplo, disponibiliza um portal com notícias e uma revista bimestral com diversos artigos de eqüinocultura.Destaque também às associações de raça, hoje mais unidas. Isso é muito importante para o criador. Estão todos investindo em tecnologia, genética, nutrição e sanidade. Nas provas de desempenho de cavalos de esporte, por exemplo, os animais são cada vez mais exigidos. Do outro lado, os pecuaristas estão preocupados em terem eqüinos mais saudáveis e bem nutridos para lidar com o gado, atividade em que o animal sofre grande desgaste nas atividades diárias.O ano foi positivo, de fato, pois começaram grandes mudanças. Mas ainda é pouco. É necessário investimento maior por parte da iniciativa pública e federal para o desenvolvimento de pesquisas, treinamento de tratadores, proprietários de haras etc. As empresas também não devem parar seus investimentos. Há mercado com potencial enorme e exigente, além de extremamente profissional. Se tudo isso se “encaixar” no próximo ano, com certeza teremos uma atividade das mais lucrativas do campo no Brasil.


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