sexta-feira, 15 de junho de 2007

PISCICULTURA



O desenvolvimento da piscicultura brasileira teve por base as espécies exóticas que se reproduzem em tanques e permitem o cultivo controlado. É o caso da tilápia comum, tilápia-do-nilo, entre outros.
As tilápias e as
carpas são as espécies mais adequadas para criação em represas e açudes das propriedades rurais, devido à sua rusticidade. As espécies carnívoras, como o trairão e o tucunaré devem ser utilizadas apenas como auxiliares no controle do excesso de reprodução das tilápias, não se recomendando sua criação isolada. A inserção de espécies carnívoras é benéfica para melhor a qualidade do peixe obtido, que cresce mais em menos tempo. No entanto, a inserção deve ser feita com muito cuidado, pois pode causar sérios problemas ecológicos caso haja fugas das espécies carnívoras para os rios locais.
A adubação das águas é um dos aspectos mais importantes da criação de peixes em cativeiro, representando o enriquecimento das águas. Pode ser feito de várias maneiras. Se for possível, as águas usadas para lavar estábulos e pocilgas devem ser levadas para os açudes, desde que não causem
poluição do meio aquático por excesso de volume. Sua presença em pequenas quantidades propiciará o incremento da produção natural de plâncton. Além de fertilizarem a água, os estercos são também diretamente ingeridos pelos peixes. De uma maneira geral, pode usar-se o esterco de curral na proporção de duas toneladas por hectare, duas vezes ao ano.
Os adubos químicos também podem ser utilizados, embora não apresentem resultados tão bons quanto os orgânicos. Assim, devem eles ser associados ao esterco afim de que se possam obter melhores resultados.
Portanto, como se pode ver, as propriedades agrícolas providas de açudes apresentam um potencial bastante grade para a produção de peixe sempre fresco, em boa quantidade, de alta qualidade e a custo baixíssimo.


Importância econômica
Apesar de ser um alimento de excepcional valor nutritivo, nem sempre o peixe recebe valor proporcional no mercado.
O
Brasil, com 5 quilos de consumo per capita, não tem valores condizentes com o de um país de sete mil e quinhentos quilômetros de costa e imensas bacias hidrográficas. Para efeito comparativo, o índice anual per capita no Senegal é de 37 quilos, no Canadá, 16 quilos, e no Japão, 65 quilos.
Mundialmente, a contribuição do pescado cultivado em viveiros para o total da produção mundial é da ordem de 10%, com tendência a aumento.
Estima-se a produção mundial de peixes cultivados em trinta milhões de toneladas produzidas anualmente


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